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Naturalismo


Naturalismo - Disposição Filosófica e Teológica
Naturalismo, comumente conhecido como materialismo, é um paradigma filosófico pelo qual tudo pode ser explicado em termos de causas naturais. A matéria física é a única realidade - tudo pode ser explicado em termos de matéria e fenômenos físicos. O naturalismo, por definição, exclui qualquer atividade ou Agente Sobrenatural. Assim, o naturalismo é o ateísmo. A exclusão de Deus por parte do naturalismo exige o relativismo moral. Os filósofos concordam, sem Deus não existe um padrão universal de conduta moral.


Naturalismo - A Origem do Universo
O naturalismo enfrenta alguns obstáculos significativos. Descobertas recentes (incluindo o movimento galáctico na astronomia e o decaimento do próton na física) têm levado estudiosos a aceitar esta certeza: o universo começou em algum ponto no tempo - uma singularidade. Sem a possibilidade de um cosmos eterno, só há duas alternativas viáveis para a origem do universo: ou Alguém o criou, ou ele criou a si mesmo. As observações da ciência empírica colocam os materialistas em uma posição desconfortável - eles têm que identificar um mecanismo natural pelo qual o universo poderia ter se criado e desenvolvido sem um Diretor Inteligente.


Naturalismo - A Origem da Vida
Naturalismo tem um grande "calcanhar de Aquiles" - a origem da vida. A vida se origina da vida. Como é que os naturalistas encaixam isso em sua cosmogonia? Eles precisam encontrar um mecanismo pelo qual a vida poderia evoluir a partir de matéria inorgânica. A vida é incrivelmente complexa. Poderia este nível de complexidade chegar naturalmente por interações químicas aleatórias ao longo do tempo? Os experimentos "Faísca e Sopa" por parte de Stanley Miller foram o ponto mais próximo alcançado pelo homem a criar vida a partir de matéria inorgânica "naturalmente e por acaso" no laboratório. No entanto, existem três problemas significativos com as experiências de Miller.

Primeiro, Miller começou com os materiais errados. Miller supôs uma atmosfera redutora: metano (CH4), amônia (NH3) e hidrogênio. Ele propositalmente excluiu o oxigênio porque, como bioquímico, Miller sabia que o oxigênio destruiria quaisquer aminoácidos (os blocos construtores da vida) que chegassem a ser produzidos. O oxigênio impede qualquer origem naturalista da evolução da vida. No entanto, por mais profundo que procuremos na crosta terrestre, encontramos rocha oxidada, indicando que a Terra sempre teve uma atmosfera rica em oxigênio. No entanto, apenas suponha que havia uma atmosfera redutora livre de oxigênio. Agora temos um problema como o do ovo e da galinha. Sem oxigênio não há ozônio (O3). Sem ozono não há nada protegendo a Terra dos raios ultravioletas do Sol (UV). O problema é que a amônia é decomposta por UV – a amônia não pode existir aparte do ozônio. Para colocar ainda mais dúvidas sobre a hipótese da "atmosfera redutora", deveríamos encontrar metano nas antigas argilas sedimentares, mas não encontramos. A geologia parece clara: a Terra nunca teve uma atmosfera redutora.

Em segundo lugar, Miller usou as condições erradas. O experimento deveria demonstrar como a vida poderia evoluir a partir de matéria inorgânica naturalmente e de forma aleatória. Miller usou uma faísca elétrica para simular relâmpagos atingindo a terra antiga. A faísca foi necessária para combinar as moléculas de gás para produzir os desejados blocos de aminoácidos. O problema é que a mesma faísca que une os aminoácidos também os separa. Na verdade, ela é muito melhor em destruí-los do que em criá-los. Como um bioquímico, Miller sabia disso, então ele circulou os gases e deixou de fora os aminoácidos usando um truque bioquímico muito conhecido. Miller tinha como objetivo recriar a geração espontânea de vida a partir de matéria inorgânica de uma forma natural e por acaso, mas ele agiu como um engenheiro, usando seus conhecimentos bioquímicos. Assim, o experimento de Miller não foi de forma alguma ao acaso –- condições erradas.

Em terceiro lugar, Miller alcançou resultados errados. Dr. Mark Eastman comenta sobre os resultados do experimento de Miller: "Os principais produtos do experimento (alcatrão e ácidos carboxílicos) são tóxicos para os sistemas vivos. Tais químicos envenenam e finalmente matam os sistemas vivos ao ligar-se irreversivelmente às suas enzimas de proteínas. É assim que os pesticidas modernos matam suas presas. Na verdade, se ele tivesse bebido a solução produzida por seu experimento, é praticamente certo que Stanley Miller teria morrido. Afirmar que um ambiente tão tóxico é o berço da vida requer muita fé." (Mark Eastman, MD, "Creation by Design", 1996, pág. 15). Miller não criou a vida -- ele criou veneno -- resultados errados.

O evolucionista Robert Shapiro resumiu a experiência muito bem: "A melhor química de Miller-Urey, como a vimos, não nos leva muito longe no caminho a um organismo vivo. Uma mistura de substâncias químicas simples, mesmo uma enriquecida por alguns aminoácidos, não mais se assemelha a uma bactéria do que uma pequena pilha de palavras reais e sem sentido, cada uma escrita em um pedaço de papel individual, assemelha-se às obras completas de Shakespeare." (Robert Shapiro, "Origins - A Skeptics Guide to the Creation of Life on Earth," 1986, pág. 116)


Naturalismo - As Estatísticas Impressionantes
O naturalismo tem um outro problema. Mesmo se os cientistas descobrissem um método pelo qual os blocos de construção de aminoácidos pudessem ser produzidos por processos químicos aleatórios, será que a própria vida poderia evoluir aleatoriamente a partir de matéria inorgânica? De acordo com os matemáticos seculares, não. Eastman explica: "Nos últimos 30 anos, um número de cientistas proeminentes têm tentado calcular as probabilidades de que um organismo de vida livre e unicelular, como uma bactéria, poderia resultar da possibilidade da combinação de blocos de construção pré-existentes. Harold Morowitz calculou as probabilidades como uma chance em 10^100,000,000,000. Sir Fred Hoyle calculou a probabilidade de apenas as proteínas de uma ameba surgindo por acaso como uma chance em 10 ^ 40.000. Quando você considera que as chances de ganhar na loteria estadual cada semana de sua vida a partir da idade de 18 aos 99 anos de idade é de cerca de uma em 4.6 x 10^29,120, as probabilidades calculadas por Morowitz e Hoyle são impressionantes. As estatísticas levaram Fred Hoyle a afirmar que a probabilidade de geração espontânea 'é quase a mesma que a probabilidade de que um tornado atingindo um ferro velho fosse capaz de montar um Boeing 747 a partir do seu conteúdo.' Os matemáticos nos dizem que qualquer evento com uma improbabilidade maior do que uma chance em 10 ^ 50 pertence ao reino da metafísica – quer dizer, um milagre" (Mark Eastman, MD, "Creation by Design", 1996, páginas 20-22.)

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